A construção do conhecimento pela análise de inteligência na Crise dos Mísseis de Cuba
A presente pesquisa estuda a atividade de análise de inteligência que consiste na construção de conhecimento sobre um ator adverso ao Estado. Para isso, aborda-se a prática da atividade nos Estados Unidos de modo a perceber suas características principais desde a Segunda Guerra Mundial. Parte-se da premissa que a análise de inteligência nesse país baseou seus métodos nos parâmetros positivistas de ciência, de forma que para uma melhor consideração de como se desenvolve atualmente, propôs-se estudá-la a partir dos parâmetros da epistemologia científica. Para isso, foi observado como se deu o desenvolvimento da análise de inteligência na crise dos mísseis de Cuba de 1962 de forma a reconstruir os procedimentos de coleta, tratamento e análise de informação, e perceber se crenças e pressupostos afetaram a produção analítica. Verificou-se então que a concepção positivista de ciência demandou que todas as informações fossem processadas antes que chegassem aos profissionais responsáveis pela elaboração de análises estratégicas, o que atrasou o fluxo informacional. Da mesma forma, a concepção positivista bloqueou a formulação de novas hipóteses para a questão. Além disso, as pré-concepções estavam presentes e influenciaram a produção analítica, entretanto, elas não foram explicitadas ou questionadas já que a formulação teórica da análise de inteligência advogar que os analistas se mantivessem livre delas.
Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/ECIC-9FCH82
Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/ECIC-9FCH82
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